TORRES VEDRAS A CIDADE DA SAÚDE!
05-09-2011 01:30TORRES VEDRAS a CIDADE DA SAÚDE!
A RESPOSTA PRECOCE E DE PROXIMIDADE AO DOENTE
Quando viajamos na A8 de manhã verificamos o número elevado de ambulâncias a transportar doentes para os hospitais de Lisboa, para consultas ou tratamentos. Se considerarmos o extremo norte do ACES-Oeste Sul, serão, ida e volta, uns 120-140Km, feitos normalmente de madrugada e em condições de falta de saúde. Segue-se uma manhã de actividade clínica ou de espera, e o regresso far-se-á depois de almoço, em muitos casos. Se considerarmos os doentes que necessitam de acompanhante, lá se vai mais um dia de trabalho. Tudo somado, incómodos para o doente, custos do transporte, dia de trabalho e, nalgumas doenças, várias vezes ao longo de meses ou anos, corresponde a um custo demasiado elevado para o Estado ou para os cidadãos.
Será que não podemos ser mais eficientes? Ou seja, fazer o mesmo ou melhor com menos custos?
Evidentemente, nem todas as doenças são iguais, por vezes será suficiente uma consulta. Mas há determinadas doenças, como por exemplo um doente com Diabetes, onde as visitas/consultas/tratamentos são muitos e ao longo da vida. E nestes casos não se justificará a adopção de uma política de resposta de proximidade aos cidadãos?
Esta resposta de proximidade às pessoas associada a uma resposta precoce e atempada, naquelas doenças “sensíveis ao tempo”, onde o tempo de espera agrava de forma irreversível o estado da doença e a possibilidade de recuperação (como é o caso da doença diabética nos olhos), permite obter enormes ganhos em saúde. Quer dizer, se tratarmos precocemente conseguimos bons resultados com menos tratamentos, menos idas ao hospital, menos exames, menos cirurgias e por conseguinte, menos gastos. Significa que estamos a ser eficientes, a gastar menos e a obter melhores resultados.
TORRES VEDRAS A CIDADE DA SAÚDE!
Mas, TORRES VEDRAS, já tem condições para tratar muitas doenças que, devida à má articulação dos serviços de saúde, obrigam a ida a Lisboa. Mais, TORRES VEDRAS possui uma infra-estrutura de saúde invejável. Vejamos, mesmo sem ser exaustivo: Centro Hospitalar TV (com ou sem novas instalações), Centro de Saúde com duas Unidades de Saúde Familiar (Arandis e Gama) e sede do ACES – Oeste Sul, Clinica SOERAD actualmente em fase de grande expansão quase quadriplicando a sua capacidade, Clinica CUF, o novo empreendimento da encosta do Varatojo a nascer, dedicado à patologia neurológica e reabilitação, um número significativo de clínicas de média dimensão e consultórios – COT Centro Ortopédico e Traumatológico, Clínica Oftalmológica Dr. José Henriques & Dra. Filomena Pinto, Clínica S. Tiago, Clínica S. Vicente, Clínica S. José, Clínica da Graça, múltiplos consultórios e clínicas dentárias, centros de Radiologia, centros de Medicina Física e Reabilitação, um número elevado de clínicos de várias especialidades, farmácias, casas ligadas a actividade de óptica, audiologia, artigos ortopédicos e ginásios. A própria Misericórdia com os seus serviços de saúde e a sua clínica situada no Sarge e a futura Unidade de Cuidados Continuados, bem como outras estruturas de saúde no concelho, extensões do centro saúde, Unidade cuidados continuados em Campelos, clinicas privadas em A-dos-Cunhados, Santa Cruz, Silveira entre outros. TORRES VEDRAS deverá ser considerada a Cidade da Saúde e a actividade da saúde ser considerada um “cluster” local capaz de potenciar o desenvolvimento local.
A Solução - UM NOVO PARADIGMA NA FORMA DE ARTICULARMOS OS CUIDADOS DE SAÚDE - será objecto de próximo artigo.
José Henriques
Médico Oftalmologista
Director Clínico do IRL – Instituto de Retina de Lisboa
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